Apresentação

O curso de Especialização em Educação do Campo: Sistema de Plantio Direto de Hortaliças e a transição para sistemas agroecológicos está assentado na experiência, já em curso, com sistemas de plantio direto de hortaliças e grãos (SPDH), desenvolvido por instituições de ensino e pesquisa com histórico de atuação na área de pesquisa em ciências agrárias e extensão (EPAGRI, UFSC, UFFS, UFRGS, UDESC), em
parceria com organizações representativas de agricultores familiares (FETRAF e Movimentos Sociais).

O Sistema de Plantio de Direto de Hortaliças (SPDH) constitui-se numa modalidade de conhecimento em permanente movimento, que emergiu a partir do diálogo entre o saber popular dos agricultores, desenvolvido a partir dos problemas por eles enfrentados, e o conhecimento técnico científico de pesquisadores e extensionistas. Partindo da realidade concreta e desse diálogo de saberes, se busca através da práxis social coletiva, materializada nas Lavouras de Estudo, construir um conhecimento válido que aponta para a superação dos limites técnicos, produtivos, ambientais e sociais do modelo produtivo dominante do agronegócio.

Nesta perspectiva agricultores e técnicos, refletem sobre a realidade, em igualdade de condições e, em conjunto, elaboram, implementam (ação) e avaliam os resultados, reelaborando conceitos e apropriando-se do conhecimento acumulado. Portanto, o SPDH apresenta-se como um processo político pedagógico e técnico científico de transição de modelos de produção agrícola convencionais para sistemas de produção agroecológicos.

- Lavoura de Estudo na cultura do Tomate. Momento de observação e
avaliação pelo grupo de agricultores e técnicos

São objetivos do Método: - Diminuição de custos econômicos e ambientais; - Aumentar a produtividade; - Aumentar a autonomia da agricultura familiar/camponesa; - Fixação de carbono e qualificação ambiental na produção; - Transformação econômica e social.

São princípios do Método: - As plantas como centro; - Promoção da saúde de planta e do sistema; - Aumentar a biodiversidade e  produção de fitomassa; - A cooperação e intercooperação;

São ferramentas fundamentais do Método: - O contrato e compromisso coletivo; - As lavouras de estudo; - A formação, a organização e a multiplicação.

São pilares do Método: - Estar com “todas as agriculturas familiares”; - Construção do “novo” a partir da realidade concreta, na dialética das contradições, mediadas pela realidade.